Seja Bem Vindo ao Portal Da Educação: abril 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Classes Gramaticais




A Primeira gramática do Ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.


Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA  (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há  discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO  – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

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sábado, 28 de abril de 2012

Substantivos

Os substantivos  são palavras que usamos para nomear os seres e as coisas. Possuem classificação e flexionam-se em gênero, número e grau. Quanto à classificação podem ser:
Concretos
Quando tratam de coisas reais, ou tidas como reais. Ex.: homem, menino, lobisomem, fada.
Abstratos
Quando tratam de estados e qualidades, sentimentos e ações. Ex.: vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
Simples
Quando formados por um só radical. Ex.: flor, tempo, chuva.
Compostos
Quando possuem mais de um radical. Ex.: couve-flor, passatempo, guarda-chuva.
Primitivos
Quando não derivam de outra palavra da língua portuguesa. Ex.: pedra, ferro, porta.
Derivados
Quando derivam de outra palavra da língua portuguesa. Ex.: pedreira, pedreiro, ferreiro, portaria…
Comuns
Quando se referem a seres da mesma espécie, sem especificá-los. Ex.: país, cidade, pessoa…
Próprios
Quando se referem a seres, pessoas, entidades determinados. São escritos sempre com inicial maiúscula. Ex.: Brasil, Santos, João, Deus.

Quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie. Ex.: álbum (fotografias, selos), biblioteca (livros), código (leis)…
Flexionam-se em gênero para indicar o sexo dos seres vivos. (quanto aos seres inanimados a classificação é convencional).
Masculino
Quando podem ser precedidos dos artigos o ou os.
Feminino
Quando podem ser precedidos dos artigos a ou as. Existem ainda substantivos que são uniformes em gênero:
Epicenos
Quando um só gênero se refere a animais macho e fêmea. Ex.: jacaré (macho ou fêmea).
Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher. Ex.: a criança (tanto menino quanto menina).
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos. Ex.: o artista, a artista, o dentista, a dentista. Flexionam-se em número para indicar a quantidade (um ou mais seres).
Singular
Quando se refere a um único ser ou grupo de seres. Ex.: homem, povo, flor.
Plural
Quando se refere a mais de um ser ou grupo de seres. Ex.: homens, povos, flores.
Existem ainda substantivos que só se empregam no plural. Ex.: férias, pêsames, núpcias.
Flexionam-se em grau para se referir ao tamanho e também emprestar significado pejorativo, afetivo, etc.
Normal: gente, povo.
Aumentativo: gentalha, povão (com sentido pejorativo).
Diminutivo: gentinha, povinho (com sentido pejorativo).

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Célula


Introdução
As células são os menores e mais simples componentes do corpo humano. A maioria das células são tão pequenas, que é necessário juntar milhares para cobrir a área de um centímetro quadrado. As unidades de medida são o macrômetro (µm), o nanômetro (nm) e o angstron (Å).
  • Células - rins, pele e fígado (30 µm em média); hemácias (entre 5 µm e 7µm).
  • Óvulo - 0,1 mm.
Citologia
O termo célula (do grego kytos = cela; do latim cella = espaço vazio), foi usado pela primeira vez por Robert Hooke (em 1655) para descrever suas investigações sobre a constituição da cortiça analisada através de lentes de aumento. A teoria celular, porém, só foi formulada em 1839 por Schleiden e Schwann, onde concluíram que todo ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as células. Assim, desenvolveu-se a citologia (ciência que estuda as células), importante ramo da Biologia. As células provêm de outras preexistentes. As reações metabólicas do organismo ocorrem nas células.

Componentes químicos da célula
  • Água - 70% do volume celular é composto por água, que dissolve e transporta materiais na célula e participa de inúmeras reações bioquímicas.
  • Sais minerais - São reguladores químicos.
  • Carboidratos - Compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio. Exemplos: monossacarídeos (glicose e frutose); dissacarídeos (sacarose, lactose e maltose); polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose). Que tem a função de fornecer energia através das oxidações e participação em algumas estruturas celulares.
  • Lipídios - Compostos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio; insolúveis em água e solúveis em éter, acetona e clorofórmio. Exemplos: lipídios simples (óleos, gorduras e cera) e lipídios complexos (fosfolipídios). Tem participação celular e fornecimento de energia através da oxidação.
  • Proteínas - Compostos formados por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que constituem polipeptídios (cadeias de aminoácidos). Exemplo: Albumina, globulina, hemoglobina etc. Sua função é na participação da estrutura celular, na defesa (anticorpos), no transporte de íons e moléculas e na catalisação de reações químicas.
  • Ácidos Nucléicos - Compostos constituídos por cadeias de nucleotídeos; cada nucleotídeo é formado por uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina e uracila), um açúcar (ribose e desoxirribose) e um ácido fosfórico.
  • Ácido Desoxirribonucléico (DNA) - Molécula em forma de hélice formada por duas cadeias complementares de nucleotídeos. O DNA é responsável pela transmissão hereditária das características.
  • Ácido Ribonucléico (RNA) - Molécula formada por cadeia simples de nucleotídeos. O RNA controla a síntese de proteínas.
  • Trifosfato de Adenosina (ATP) - Tipo especial de nucleotídeo, formado por adenina, ribose e três fosfatos. Tem a função de armazenar energia nas ligações fosfato.
Membrana Celular
A membrana celular é semipermeável e seletiva; transporta materiais passiva ou ativamente.
  • Transporte Passivo - Difusão no sentido dos gradientes de concentração, sem gasto de energia. Como no transporte de glicose.
  • Transporte Ativo - Movimentação contra gradientes de concentração, com gasto de energia. Exemplo: bomba de sódio, que concentra K+ mais dentro que fora da célula e Na+ mais fora que dentro.
  • Transporte Facilitado - Proteínas transportadoras ou permeases modificam a permeabilidade da membrana; ocorre tanto passiva quanto ativamente.
Célula Animal
Organização do Citoplasma Celular
Citoplasma Fundamental
Hialoplasma - colóide com 85% de água e proteínas solúveis e insolúveis (microfilamentos e microtúbulos); reversão de gel para sol e vice-versa.
Retículo Endoplasmático (RE)
Sistema de endomembranas que delimitam canais e vesículas.
  • RE rugoso - retículo endoplasmático associado a ribossomos; local de síntese de proteínas; também denominado RE granular.
  • RE liso - retículo endoplasmático sem ribossomos; local de síntese de lipídios e de carboidratos complexos; também denominado RE agranular.
Ribossomos
Grânulos de 15 a 25 nm de diâmetro, formados por duas subunidades; associam-se ao RE ou encontram-se livres no hialoplasma; são constituídos por proteínas e RNA ribossômico; ligam-se ao RNA mensageiro formando polirribossomos. Tem a função de síntese de proteínas.
Complexo de Golgi
Sistema de bolsas achatadas e empilhadas, de onde destacam-se as vesículas; pequenos conjuntos que são denominados dictiossomos. Armazenam substâncias produzidas pela célula.
Lisossomos
São pequenas vesículas que contêm enzimas digestivas; destacam-se do complexo de Golgi e juntam-se aos vacúolos digestivos. Fazem a digestão intracelular; em alguns casos, extracelular.
Peroxissomos
São pequenas vesículas que contêm peroxidase. Tem a função de decomposição de peróxido de hidrogênio (H2O2), subproduto de reações bioquímicas, altamente tóxico para a célula.
Vacúolos
São cavidades limitadas por membrana lipoprotéica. Os vacúolos podem ser digestivos, autofágicos ou pulsáteis.
  • Vacúolo Digestivo - As partículas englobadas são atacadas pelas enzimas lisossômicas, formando um fagossomo.
  • Vacúolo Autofágico - Digere partes da própria célula.
  • Vacúolo Pulsátil - Controla o excesso de água da célula; comum nos protozoários de água doce.
Centríolos ou Diplossomos
Organelas constituídas por dois cilindros perpendiculares um ao outro; cada cilindro é formado por nove trincas de microtúbulos; ausentes nas células dos vegetais superiores. Tem a função de orientação do processo de divisão celular.
Cílios e Flagelos
São expansões filiformes da superfície da célula; os cílios são curtos e geralmente numerosos; os flagelos são longos e em pequeno número. São formados por nove pares periféricos de microtúbulos e um par central; o corpúsculo basal, inserido no citoplasma, é idêntico aos centríolos. Tem a função de movimentação da célula ou do meio líquido.
Mitocôndrias
São organelas ovóides ou em bastonete, formadas por uma dupla membrana lipoprotéica e uma matriz. A membrana externa é contínua e a interna forma as cristas mitocondriais. Nestas, prendem-se as partículas mitocondriais, constituídas por enzimas respiratórias: NAD, FAD e citocromos. Possuem DNA, sintetizam proteínas específicas e se auto-reproduzem. Produz energia na célula, sob forma de ATP.

Célula e Energia (Respiração Celular)
O que é a respiração celular?
A respiração celular é a obtenção de energia pela oxidação de moléculas orgânicas, principalmente glicose.
Equação geral da respiração:
C6H12O6 + 6O2 » 6CO2 + 6H2O + energia
glicose + oxigênio -> gás carbônico + água + energia


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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Definição de Álgebra


HISTÓRIA DA ÁLGEBRA – UMA VISÃO GERAL

Estranha e intrigante é a origem da palavra "álgebra". Ela não se sujeita a uma etimologia nítida como, por exemplo, a palavra "aritmética", que deriva do grego arithmos ("número"). Álgebra é uma variante latina da palavra árabe al-jabr (às vezes transliterada al-jebr), usada no título de um livro, Hisab al-jabr w'al-muqabalah, escrito em Bagdá por volta do ano 825 pelo matemático árabe Mohammed ibn-Musa al Khowarizmi (Maomé, filho de Moisés, de Khowarizm). Este trabalho de álgebra é com frequência citado, abreviadamente, como Al-jabr.
Uma tradução literal do título completo do livro é a "ciência da restauração (ou reunião) e redução", mas matematicamente seria melhor "ciência da transposição e cancelamento"- ou, conforme Boher, "a transposição de termos subtraídos para o outro membro da equação" e "o cancelamento de termos semelhantes (iguais) em membros opostos da equação". 
Assim, dada a equação: x2 + 5x + 4 = 4 - 2x + 5x3.
al-jabr fornece: x2 + 7x + 4 = 4 + 5x3
e al-muqabalah fornece: x2 + 7x = 5x3



Ainda que originalmente "álgebra" refira-se a equações, a palavra hoje tem um significado muito mais amplo, e uma definição satisfatória requer um enfoque em duas fases:

Álgebra antiga (elementar) é o estudo das equações e métodos de resolvê-las.
Álgebra moderna (abstrata) é o estudo das estruturas matemáticas tais como grupos, anéis e corpos - para mencionar apenas algumas.

De fato, é conveniente traçar o desenvolvimento da álgebra em termos dessas duas fases, uma vez que a divisão é tanto cronológica como conceitual. Talvez a melhor tradução fosse simplesmente "a ciência das equações".


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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Verbos


Verbo é a palavra que expressa processos, ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, conveniência, desejo e existência. Desse modo, enquanto os nomes (substantivo, adjetivo) indicam propriedades estáticas dos seres, o verbo denota os seus movimentos, por isso sua característica de dinamicidade.

Exemplos:
1.    Um homem já escorregou neste chão molhado e deixou cair seu livro de matemática.
[escorregar: verbo = ação que expressa a dinamicidade de "homem"]
2.    Por enquanto as matas continuam indefesas.
[continuar: verbo = estado que expressa a dinamicidade de "matas"]
3.    Anoitecia rapidamente!
[anoitecer: verbo = fenômeno dinâmico da natureza]
4.    Convém aguardar mais alguns minutos.
[convir: verbo = conveniência que expressa a dinamicidade de "aguardar..."]
5.    Nossos estudantes anseiam um bom emprego.
[ansiar: verbo = desejo que expressa a dinamicidade de "nossos estudantes"]
6.    Houve tumulto no momento da votação.
[haver: verbo = existência que expressa a dinamicidade de "tumulto..."]
Em termos sintáticos, os verbos exercem uma função fundamental: núcleo da predicação nos predicados verbais. Isto é, o verbo é o constituinte essencial do predicado verbal. Além disso, os verbos também são fundamentais para a constituição das orações. Ao contrário do sujeito, que pode estar ausente na oração, sem verbo não há oração. Aliás, classificam-se as orações conforme o número de núcleos verbais existentes.
Exemplos:
1.    É comum, no interior do país, surpreender crianças com doenças graves.
[é: verbo = núcleo do predicado "é comum"]
[surpreender: verbo = núcleo do predicado "surpreender crianças..."]
2.    Se você me esperar1vou até lá2procuro pelo endereço3 e trago-o aqui4.
[número de orações: 4]
[número de núcleos verbais: 4]
3.    Vou entrar por esta porta1 e quero encontrar tudo2 como eu havia deixado3.
[número de orações: 3]
[número de núcleos verbais: 3]
A classe gramatical dos verbos é bastante rica em flexões. Trata-se de uma classe que varia em número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz. Essas variações se agrupam em conjuntos flexionais chamados de conjugação. É importante, portanto, conhecer as outras particularidades do verbo.


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