Seja Bem Vindo ao Portal Da Educação: maio 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Preposições

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Junto com as posposições e as raríssimas circumposições, as preposições formam o grupo das adposições.

Exemplo: "Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles comovidos", teremos como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. 
Observe: "do" liga "alunos" a "colégio", "ao" liga "assistiram" a "filme", "de" liga "filme" a "Walter Salles". Portanto são preposições. 
O termo que antecede a preposição é denominado regente e o termo que a sucede, regido. Portanto, em "Os alunos do colégio...", teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido.

Essenciais

Aquelas que só funcionam como preposição, são elas: à (ou "ao" antes de palavra masculina) - a - ante - até - após - com - contra - de - desde - em - entre - para - per - perante - por - sem - sob - sobre - trás.

Acidentais

Aquelas que passaram a ser preposições, mas são provenientes de outras classes gramaticais, como: afora, menos, salvo, conforme, exceto, como, que.

Exemplos: Agimos conforme a atitude deles. / Conversamos muito durante a viagem.

Contração

Junção de algumas preposições com outras palavras, quando a preposição sofre redução.
Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a); duma (de + uma).

Observação: Não se deve contrair a preposição "de" com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome "ele(s)", "ela(s)", quando estes funcionarem como sujeito de um verbo. Por exemplo, a frase "Isso não depende do professor querer" está errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer" ou "Isso não depende de ele querer".

Imperfeição

É um verbo que liga a um substantivo liberal, como: se fosses; se fossemos; se falharmos; e vários outros. 
Exemplos: Se fossemos ao banco, tiraríamos o cheque. / Se falharmos, não me perdoarei. / Se tu fosses ao show comigo, terias evitado esse transtorno.

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Numerais

Numeral é toda palavra que encerra a ideia de número.

Tipos de numerais

Os numerais podem ser classificados como cardinalcoletivoordinalmultiplicativofracionáriopartitivo ou romanos.
  • Numerais cardinais

Os numerais cardinais são aqueles que utilizam os números naturais para a contagem de objetos, ou até designam a abstração das quantidades: os números em si mesmos. Valem por adjetivos ou substantivos.
Exemplo: Dois mais dois é igual a quatro.
  • Numerais coletivos

Os numerais coletivos são aquelas palavras que designam uma quantidade específica de um conjunto de seres ou objetos. São termos variáveis em número e invariáveis em gênero.
Exemplos: dúzia(s),dezena(s),milheiro(s),milhar(es),dezena(s),centena(s),par(es),década(s),grosa(s).
  • Numerais multiplicativos

Os numerais multiplicativos são aqueles que indicam uma quantidade equivalente a uma multiplicação (uma duplicação, uma triplicação etc.).
Exemplos: Às vezes, as palavras possuem duplo sentido. Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao ano passado.
  • Numerais ordinais

Os numerais ordinais são aqueles que indicam a ordenação ou a sucessão numérica de seres e objetos.
Exemplo: Recebeu os seus primeiros presentes agora mesmo.
Exemplo: Dumas está completando seu primeiro aniversário.
  • Numerais fracionários

Os numerais fracionários são aqueles que passam a ideia de parte de algo, fração.
Exemplo: terçoquinto. / Uterço do bolo por favor.
indicam a divisão de seres (usado muito em receitas de alimento) 
Exemplo : Ponha 1/4 da xícara de açúcar na massa.
  • Numerais partitivos

Os numerais partitivos são aqueles que passam ideia de partir, não deve se confundir com fracionários.
Exemplo: meio.
  • Numerais romanos

Os numerais romanos são usados para marcar o século muitas vezes em relógios e outros, são 7 símbolos que representam os números romanos: I (1),V (5),X (10),L(50)C (100),D (500),M(1000) Para ser formado um número romano é necessário fazer as combinações corretas, sempre em ordem decrescente.

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Interjeições

As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abrangente: sensações e estados de espírito; ou até mesmo servem como auxiliadoras expressivas para o interlocutor, já que, lhe permitem a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.

As interjeições podem ser classificadas de acordo com o sentimento que traduzem. Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:

a) afugentamento: arreda!, fora!, passa!, sai!, roda!, rua!, toca!, xô!, xô pra lá!

b) alegria/contentamento: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!, oba!, eba!, viva!, uhu!, eh! , gol!, que bom!, iupi!

c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!

d) admiração: puxa!, nossa!, que coisa!, ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês:ou la la)

e) alívio: ufa!, uf!, arre!, ah!, ainda bem!

f) animação/estímulo: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!, firme!

g) apelo: alô!, olá!, ó!

h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!

i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!

j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!

k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!

l) desculpa: perdão! desculpe!, desculpa!, mal!, foi mal!

m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!

n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!

o) dor: ai!, ui!, ai de mim!

p) dúvida: hum! Hem!

q) cessação: basta!, para!

r) invocação: alô!, ô, olá!, psiu!, socorro!, ei!

s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!, meu Deus!, menino Jesus!

t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!, hem!, diabo!, pô!

u) saudação: ave!, oi!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!, alô!

v) saudade: ah!, oh!

w) silêncio: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado), psit!, alto! basta! chega! quietos!

x) suspensão: alto!, alto lá!

y) terror/medo: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!, socorro!

z) interrogação: hei!…

A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece. Quando a interjeição é expressada com mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. 
Ex.: Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser! Macacos me mordam!

A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha função sintática.

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Conjunções

Conjunção é uma das dez classes de palavras definidas pela gramática. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.

Exemplos: portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo,seja, conforme.

Quando duas ou mais palavras exercem função de conjunção, dá-se-lhes o nome de locução conjuntiva. São exemplos de locuções conjuntivas: à medida que, apesar de, a fim de que.

As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos que ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível sintático, são ditas conjunções coordenativas.
Quando conectam duas orações que apresentem diferentes níveis sintáticos, ou seja, uma oração é um membro sintático da outra, são chamadas de conjunções subordinativas.

Apesar de ser uma classe de palavras com muitas classificações, são poucas as conjunções propriamente ditas existentes. A maioria delas é de locuções conjuntivas (mais de uma palavra com a função de conjunção) ou palavras de outras classes gramaticais que às vezes exercem a função de conjunção em um período.
As conjunções ditas "essenciais" (isto é, palavras que funcionam somente como conjunção) são as seguintes: e, nem, mas, porém, todavia, contudo,entretanto, ou, pois, porque, portanto, se, ora, apesar e como.

Coordenativas

As conjunções coordenativas são conhecidas por:
  • Aditivas: Indicam uma relação de adição à frase: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como etc.
Ex.: Comi e fiquei satisfeita. / Todos aqui estão contentes e despreocupados.
  • Adversativas: Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.

Ex: O carro bateu, mas ninguém se feriu.
  • Alternativas ou disjuntivas: Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou... ou, ou, ora... ora, já... já, quer... quer, etc.

Ex.: Ou ela, ou eu.
  • Explicativas: Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).

Ex: Ele não entra porque está sem tempo.
  • Conclusivas: Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por isto, assim, etc.

Ex.: Ele bebeu bem mais do que poderia; logo, ficou embreagado.
  • Subordinativas: As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma oração é um membro sintático de outra, esta oração pode exercer funções diversas, correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas. Um período formado por conjunções subordinadas que não contém as tais conjunções é chamado de: oração principal.
  • Integrantes: Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e seQuando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se "se".
Ex.: Afirmo que sou inteligente. / Não sei se existe ou se dói. / Espero que você não demore.
Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".
Exemplos: Afirmo que sou inteligente (afirmo isto.) / Não sei se existe ou se dói (não sei isto.) / Espero que você não demore (espero isto.)

As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.
  • Causal: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, na medida em que. Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.
Ex.: Dona Luísa foi para lá pois estava doente. / Como o calor estava forte, pusemo-nos a andar pelo passeio público. / Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.
  • Comparativa: que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade), etc.Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.Indica comparação entre dois membros.
Ex.: Era mais alta do que baixa. / Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada. / O menino está tão confuso quanto o irmão. / O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.
  • Concessiva: Embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante etc.Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.

Ex.: Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados. / É todo graça, embora as pernas não ajudem.
  • Condicional: se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc. Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.

Ex.: Seria mais poeta,a menos que fosse político. / Caso estivesse por perto, nada disso teria acontecido.
  • Conformativa: conforme, como, segundo, consoante etc.Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.

Ex.: Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece./ Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)
  • Consecutiva: que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que. Iniciam uma oração na qual se indica a consequência.

Ex.: Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou. / Falou tanto na reunião que ficou rouco. / Tamanho o labor que sentiu sede.
  • Final: para que, a fim de que, porque [para que], que. Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade,o objetivo da oração principal.
Ex.: Aqui vai o livro para que o leia. / Fiz-lhe sinal que se calasse.
  • Proporcional: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais). Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.

Ex.: Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares. / Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
  • Temporal: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc. Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo.

Ex.: Custas a vir e, quando vens, não demora. / Implicou comigo assim que me viu;

Observações gerais

Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em negrito:

"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado."

"Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal."

"Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal."

"Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa."

"João subiu e desceu a escada."

Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.
Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e". Veja os exemplos:

Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.
Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és.

As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.
As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.
A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."
O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "O que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:

Não sei se morre de amor (o que não sei? Se morre de amor.)

O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
  • explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
  • conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;
  • causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".

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Artigos

Artigos são palavras que precedem os substantivos para determiná-los ou indeterminá-los. Os artigos definidos (o, a, os, as), de modo geral, indicam seres determinados, conhecidos da pessoa que fala ou escreve.
Exemplos:
Falei com o médico. / Já encontramos os livros perdidos.

Os artigos indefinidos (um, uma , uns, umas) indicam os seres de modo vago, impreciso.
Exemplos: Uma pessoa lhe telefonou. / Uns garotos faziam barulho na rua.

Os artigos definidos são "declináveis" (não é uma declinação verdadeira), podendo se combinar com algumas preposições, formando os seguintes casos:

  • Genitivo: do, da, dos, das (preposição "de");
  • Locativo: no, na, nos, nas (preposição "em");
  • Dativo: ao, à, aos, às (preposição "a");
  • Ablativo: pelo, pela, pelos, pelas (preposição "por");
  • Comitativo: co, coa, cos, coas (preposição "com");
Algumas preposições também se ligam aos artigos indefinidos:
  • Genitivo: dum, duma, duns, dumas (preposição "de");
  • Locativo: num, numa, nuns, numas (preposição "em");

Observações sobre alguns empregos dos artigos:

1. O artigo definido, no singular, pode indicar toda a espécie:
Ex: A águia enxerga das alturas. / O homem é mortal.

2. É facultativo (opcional) o uso do artigo com os pronomes possessivos:
Ex: Sua intenção era das melhores. / A sua intenção era das melhores.

3. Os nomes próprios podem vir com artigo:
Ex: Os Oliveiras vêm jantar conosco. / O Antônio é bom pedreiro.

4. Muitos nomes próprios de lugares admitem o artigo, outros não:
Ex: A Bahia, o Amazonas, Santa Catarina, Goiásos Andes.

5. O artigo indefinido pode realçar (dar intensidade a) uma ideia:
Ex: Ele falava com uma segurança que impressionava a todos! / Era uma euforiauma festa, como jamais se viu!

6. O artigo indefinido pode, também, dar ideia de aproximação:
Ex: Eu devia ter uns quinze anos, quando isso aconteceu.

7. A palavra todo (a) pode variar do sentido, se vier ou não acompanhada de artigo:
Ex: Toda a casa ficou alagada. (inteira, completa, total). / Toda casa deve ter segurança. 

8. Com o numeral ambos (ambas) usa-se o artigo:
Ex: Ambas as partes chegaram a um acordo. 

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Advérbio

Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Nunca modificam um substantivo. É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é a de grau, a saber:

  • Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - inconstitucionalissimamente, etc;
  • Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho, etc.


Os advérbios "bem" e "mal" admitem ainda o grau comparativo de superioridade, respectivamente, "melhor" e "pior".
Existem também as formas analíticas de representar o grau, que não são flexionadas, mas sim, representadas por advérbios de intensidade como "mais", "muito", etc. Nesse caso, existe o grau comparativo (de igualdade, de superioridade, de inferioridade) e o grau superlativo (absoluto e relativo). Também é bom saber que o advérbio tem 3 modos, Indicativo, Imperativo e Subjuntivo.

  • Indicativo é indicação de fato;
  • Imperativo é indicação de ordem;
  • Subjuntivo é indicação de dúvida.


Classificação dos advérbios

Os advérbios da língua portuguesa são classificados conforme a circunstância que expressam. A Norma Gramatical Brasileira reconhece sete grupos de advérbios: de lugar, de tempo, de modo, de negação, de dúvida, de intensidade e de afirmação.

1. Advérbios de modo
Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensado, de propósito, para esse fim), debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente, cuidadosamente, calmamente e muitos outros terminados em mente.

Locuções Adverbiais de Modo
às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão.

2. Advérbios de lugar
abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures (em algum lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aqui, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto.

Locuções Adverbiais de Lugar
a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, por aqui, em baixo, ao meio,em algum lugar .

3. Advérbios de tempo
afinal, agora, amanhã, amiúde (da expressão a miúdo - repetidas vezes, frequentemente), antes, ontem, breve, cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca, sempre, outrora, primeiramente, tarde, provisoriamente, sucessivamente, já.

Locuções adverbiais de tempo
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

4. Advérbios de Negação
não, tampouco (também não), nunca, negativamente, Jamais.

Locuções adverbiais de negação
de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.

5. Advérbios de Afirmação
sim, certamente, realmente, decerto, certo.

Locuções adverbiais de afirmação
de certeza, com certeza,etc

6. Advérbios de dúvida
acaso, casualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá, será

Locuções adverbiais de dúvida
por certo, quem sabe..

7. Advérbios de intensidade ou quantidade
assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais, mais, menos, bem, muito, quanto, quão, quase, tanto, pouco, demasiado, imenso.

Locuções adverbiais de intensidade ou quantidade
em excesso, de todo, de muito, por completo, por demais.

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Adjetivos

Adjetivo é toda palavra que se refere a um substantivo indicando-lhe um atributo. Flexionam-se em gêneronúmero e grau.
Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos e a outros advérbios. Exemplo: borboleta branca.
Da mesma forma que os substantivos, os adjetivos contribuem para a organização do mundo em que vivemos. Assim, distinguimos uma fruta azeda de uma doce, por exemplo. Eles também estão ligados a nossa forma de ver o mundo: o que pode ser bom para uns pode ser mau para outros.

Flexão de adjetivos

Os adjetivos podem sofrer três tipos de flexão: por gênero, por número e por grau.

  • Flexão de Gênero: Quanto à flexão de gênero, os adjetivos são divididos em dois tipos ou gêneros:
Adjetivos uniformes: Apresentam uma única forma para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplos: capaz, competente.

Adjetivos biformes: Apresentam duas formas para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplo: o homem burguês (masculino)/ a mulher burguesa (feminino).
Para formar o feminino, os adjetivos levam a vogal - a no final do adjetivo e para formar o masculino eles levam a vogal - o no final do adjetivo.
Exemplo: criativo (masculino)/ criativa (feminino). Pode haver exceções, como no caso dos masculinos terminados em - eu, que podem fazer o feminino em - eia (europeu, europeia).

  • Flexão de Número
O adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as regras existentes para o substantivo.
Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural.
Exemplo: poemas herói-cômicos.
Há exceção para o adjetivo surdo-mudo, que faz os plurais surdos-mudos. Não há variação de número nem de gênero para os seguintes casos:
  • Adjetivos compostos com nome de cor + substantivo: olhos verde-mar;
  • Adjetivo azul-marinho: calças azul-marinho;
  • Locuções adjetivas formadas pela expressão cor + de + substantivo: chapéus cor-de-rosa;
  • Os substantivos empregados em funções adjetivas quando está implícita a ideia de cor: sapatos cinza;
Regras para flexão de número para adjetivos compostos
  • Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural:
Exemplo: lente côncavo-convexas.
  • Nos adjetivos cores, eles ficam invariáveis quando o último elemento for um substantivo:
Exemplos: papel azul-turquesa/ papéis azul-turquesa; olho verde-água / olhos verde-água.

  • Flexão de Grau
A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau superlativo absoluto. Exemplos: atual - atualíssimo / negro – nigérrimo /fácil - facílimo. Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo.
Exemplos: grande - maiorpequeno - menorbom - melhor (não confundir com o advérbio bem - melhor. Exemplo: Esse é bom, aquele é melhor ≠ (Ele fez bem, você fez melhor).
Nos demais casos, o grau é indicado não por flexões, mas por advérbios. São distintos os seguintes graus:

  • Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de igualdade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto... quanto, ...assim como...tão...quanto...do mesmo jeito que..., e outras variações.

Por exemplo: "Fulano é tão alegre quanto sicrano".

  • Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que oumais...do que.

Exemplo: "José é mais alegre que Pedro".

  • Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou menos...do que.

Exemplo: "José é menos alegre que Pedro".

  • Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie.

Exemplo: "José é muito alto".

  • Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de sufixos. O mais comum é íssimo.

Exemplo: “Trata-se de um artista originalíssimo”, “Seremos tolerantíssimos”.

  • Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre os demais da mesma espécie.

Exemplo: "José é o mais alto de todos".

  • Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os demais da mesma espécie.

Exemplo: "José é o menos alto”.

Locução adjetiva

Locução adjetiva é a reunião de duas ou mais palavras com função de adjetivo. Elas são usualmente formadas por: uma preposição e um advérbio ou uma preposição e um substantivo.
Exemplos:
Conselho da mãe = Conselho materno
Dor de estômago = Dor gástrica
Período da tarde = Período vespertino
Conselho de pai = Conselho paterno

Adjetivos em outros idiomas

Nas línguas germânicas, todos os adjetivos, obrigatoriamente, precedem o substantivo.
Em latim, a flexão de grau é sintética e inclui, para todos os adjetivos, o grau superlativo absoluto e o grau comparativo de superioridade.
Em inglês, a flexão de grau inclui o grau superlativo relativo e o grau comparativo de superioridade, apenas para substantivos de até duas sílabas. Para os demais substantivos, não existe flexão de grau. Não há superlativo absoluto, sendo substituído pelo advérbio "very". Não há concordância de gênero nem de número.
Em alemão, os adjetivos se flexionam em gênero (masculino, feminino e neutro), número (singular e plural), grau (normal, comparativo e superlativo) e caso (nominativo, acusativo, genitivo e dativo).

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